terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os Grandes Jogadores da História do Flamengo

Confira abaixo a lista:

Zico - O maior de todos. Considerado por grande parte dos rubro-negros o principal ídolo da história do clube, Arthur Antunes Coimbra vestiu a camisa do Flamengo pela primeira vez em 1967. Se profissionalizou quatro anos depois e só foi se tornar "o camisa 10 da Gávea" em 1978. Começava ali a ?Era Zico?, a mais vitoriosa da história do futebol rubro-negro. Com Zico em campo, o Flamengo conquistou 37 títulos, nacionais e internacionais, em 28 anos. Clique aqui para relembrar toda a carreira do Galinho.

Junior - O Vovô Garoto. Nenhum jogador vestiu tantas vezes o Manto Sagrado, nestes 115 anos, quanto Leovegildo Lins da Gama Junior. O Maestro, que começou a carreira como lateral na chamada Geração de Ouro e terminou como comandante de uma safra de jovens que viria a conquistar o Campeonato Brasileiro de 1992, quinto da história do clube e quarto de sua carreira, é referência no futebol rubro-negro. Seus números impressionam. Em 16 temporadas na Gávea, disputou 874 jogos, marcou 77 gols e conquistou 20 títulos importantes. Confira mais detalhes aqui.

Dida - O ídolo de Zico. Não é qualquer um que tem no currículo a alcunha de grande espelho do Galinho de Quintino. Pois bem, Dida, uma das grandes estrelas do segundo tri estadual do Flamengo (1953 a 1955), é quem tem essa honra. Edivaldo Alves de Santa Rosa, um dos maiores artilheiros da história do clube, com 264 gols e 357 jogos, saiu de Alagoas para marcar época no futebol carioca e nacional. Na seleção, era o camisa 10, titular absoluto até a Copa de 58 e só perdeu a vaga por conta de uma contusão. Para quem? O jovem Edson Arantes do Nascimento (Pelé). Saiba mais sobre Dida na Flapédia.

Leandro - O maior lateral direito do Brasil. Muitos que assistiam aos jogos dos anos 80 chegam a dizer que ele era até mais habilidoso do que Zico. Leandro "Peixe Frito" foi mais uma referência do time que é considerado o melhor da história do C.R. Flamengo. Os "causos" sobre sua habilidade são famosos no futebol. O goleiro Raul conta que, certa vez, irritado com Leandro, deu um bico na bola num tiro de meta para ele não matá-la. Leandro não só amorteceu a bola com o peito como saiu jogando, driblou dois adversários e ainda "tirou uma onda" com o arqueiro depois. Encerrou a carreira em 1988, contabilizando 417 jogos pelo Flamengo, 14 gols e 16 títulos, em dez anos. Confira mais números na enciclopédia virtual do Flamengo.

Petkovic - O ídolo da nova geração. Herói do tricampeonato carioca de 1999 a 2001 e peça fundamental na conquista do hexa brasileiro de 2009, Dejan Petkovic é o sérvio mais brasileiro do mundo. Chegou à Gávea em 2000 após grande sucesso no Vitória e não decepcionou. Rapidamente se identificou com a torcida e se tornou eterno na história após o gol de falta que deu o tri estadual, em 2001, sobre o rival Vasco, aos 43 minutos do segundo tempo. Saiu da Gávea em 2003, rodou por outros clubes, mas em 2009 decidiu voltar para casa e conquistou o título nacional que não vinha há 17 anos. Saiba tudo sobre essa história aqui.

Leônidas da Silva - O Diamante Negro. Poucos jogadores têm em suas carreiras um maior número de gols do que de partidas por um clube. Leônidas é um deles. Com a incrível marca de 153 gols em 149 jogos, ele foi um dos motivos para a rápida popularização do Flamengo. Chegou ao Rubro-Negro em 1936, foi artilheiro dos cariocas de 1938 e 1940, e principal jogador na campanha do título de 39 - que pôs fim a um jejum de nove anos sem título para o clube da Gávea. "Leônidas era um mágico do futebol", disse o jornalista Mário Filho. Saiba o porquê na Flapédia.

Zizinho - O Mestre Ziza. Se Dida foi o ídolo de Zico, Zizinho era a inspiração de Pelé. Aos 18 anos, ele entrou no lugar do craque Leônidas e rapidamente caiu nas graças da torcida rubro-negra. Portanto, não poderia ser um jogador comum. E não era mesmo. Segundo Nélson Rodrigues, bastava os alto-falantes do Maracanã anunciarem o nome de Zizinho para se saber quem seria o vencedor da partida. Foi o maior jogador do primeiro tricampeonato carioca do Flamengo, de 1942 a 1944. Por 11 anos vestindo o Manto Sagrado, Zizinho marcou 145 gols em 318 jogos. Saiba mais aqui.

Domingos da Guia - O Divino Mestre. Domingos da Guia, o "Divino Mestre", foi um zagueiro como pouquíssimos na história do esporte. Fazia o que queria com a bola, era um defensor inovador. Jogava sempre com a cabeça erguida e antevia os lances, fazendo com que a missão de driblá-lo fosse quase que impossível. Sempre saia jogando com classe e categoria, e não cometia muitas faltas. Foi no Fla que Domingos se consagrou definitivamente e foi fundamental para três importantes conquistas: os campeonatos cariocas de 39, 42 e 43. Confira a história deste craque aqui.

Raul - O goleiro campeão. Inovador nos uniformes e seguro embaixo das traves, Raul Plasmann foi um dos grandes arqueiros da história do Flamengo, e, sem dúvidas, o mais vencedor deles. Como goleiro do Flamengo, foi quatro vezes Campeão Carioca, em 1978, 1979(Especial), 1979 e 1981, três vezes Campeão Brasileiro, em 1980, 1982 e 1983, Campeão da Libertadores em 1981 e Campeão Mundial em 1981. Confira números e estatísticas na Flapédia.

Nunes - O Artilheiro das Decisões. Folclórico, cheio de personalidade e decisivo. Este é Nunes, o João Danado, que entrou para a história do Flamengo como o homem que botava a bola para dentro na hora que mais precisava. No total, Nunes atuou por oito anos na Gávea, participando de 214 jogos e marcando 99 gols. O artilheiro garantiu, pelo menos, quatro títulos ao Fla. O Campeonato Brasileiro de 1980, o Estadual de 1981, o Mundial Interclubes no mesmo ano, e o Campeonato Brasileiro novamente, em 1982. Saiba mais detalhes sobre Nunes clicando aqui.

Carlinhos - O Violino. No dia 20 de janeiro de 1954, Biguá, em sua despedida, entregava a Carlinhos o seu par de chuteiras, gesto que simbolizava a entrega do instrumento de trabalho. História repetida em 1970 quando Carlinhos entregou seu par de chuteiras a um jovem promissor das categorias de base chamado Arthur Antunes Coimbra, o Zico. A cena ficou marcada na história, mas Carlinhos foi muito mais do que isso. Sua forma de jogar com grande classe e o toque de bola refinado o valeram o apelido de "violino". No Fla, foram 11 anos, 517 jogos, 23 gols e quatro títulos. Depois, sagrou-se treinador e ficou famoso por sempre ter grandes passagens pelo Rubro-Negro. Ganhou ainda mais oito títulos como técnico. Confira detalhes na Flapédia.

Adílio - O Brown. Adílio era um jogador de rara habilidade e criatividade, dono de um passe perfeito e adepto a um estilo de jogo clássico. O jogador atuou no Flamengo entre 1975 e 1987, quando teve a oportunidade de vestir a camisa rubro-negra em 616 partidas, o que faz dele o terceiro jogador com maior número de jogos disputados pelo Flamengo. Clique aqui para mais informações.

Rondinelli - O Deus da Raça. Foi com ele que tudo começou. Foi com seu gol de cabeça contra o Vasco, na final do Estadual de 1978, que a Geração de Ouro nasceu. Rondinelli era um zagueiro vigoroso, que não dava moleza para os adversários e estava disposto a fazer o possível e o impossível para evitar gols dos rivais. Usava a cabeça para salvar bolas dos pés do atacante, jogava de maxilar quebrado e nem se importava. Por isso, tornou-se o Deus da Raça. Relembre a carreira do zagueiro na Flapédia.

Evaristo - O ídolo de Barça e Real. "Evaristo era o tipo do jogador que tinha vaga em qualquer time que escolhesse", dizia Zagallo. E, revelado pela Madureira, o jogador escolheu defender apenas o Flamengo no Brasil. Ficou cinco anos na Gávea, de 1952 a 1957, o que bastou para se tornar um dos grandes ídolos da história do Mais Querido do Brasil. Foram 191 jogos, 103 gols e cinco títulos. O bastante para torná-lo eterno na Gávea. Foi ainda para a Europa, onde fez história no Real Madrid e no Barcelona. Leia mais.

Julio Cesar - Referência para os mais jovens. Um exemplo de dedicação ao Flamengo. Revelado na base, Julio iniciou sua carreira em 1997, como reserva de Clêmer. Porém, aos poucos, foi ganhando a confiança dos rubro-negros e, em 2001, já era o titular absoluto da equipe. Ainda menino, brilhou no Estadual daquele ano, e então não parou mais. Só foi amadurecendo, crescendo e ganhando mais espaço. No Flamengo, no Brasil e no mundo. Disputou 285 jogos, ganhou quatro Estaduais, três Taças Guanabara, uma Taça Rio, uma Mercosul e uma Copa dos Campeões, e então foi para a Europa. Saiba mais sobre Julio na Flapédia. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Fla-Flu

O Fla-Flu bateu o recorde mundial de público de partidas entre clubes: 194.603 espectadores, na final do Campeonato Carioca de 1963, vencida pelo Flamengo com um empate sem gols.

É considerado por especialistas em futebol e por grande parte da mídia esportiva como um dos clássicos mais charmosos do mundo.

O primeiro Fla-Flu, em 7 de julho de 1912, já deu uma noção do que seria a história deste clássico, pois mesmo o Fluminense tendo perdido nove titulares que foram abrir o departamento de futebol de seu rival, ganhou por 3 a 2 (primeiro gol da história do Fla-Flu, de E. Calvert, do Fluminense, a um minuto de jogo), marcando desde o início este confronto, como clássico de grandes imprevisibilidades, de futebol alegre e ofensivo, festa de cores das grandes torcidas, praticamente um carnaval fora de época.

No dia 22 de outubro de 1916, o Flamengo vencia o Fluminense por 2 a 1 quando o árbitro R. Davies marcou um pênalti contra o Fluminense. Rienner perdeu. Logo depois, marcou outro pênalti contra o Fluminense, Sidney cobrou e Marcos de Mendonça defendeu. O árbitro mandou cobrar outra vez alegando que não havia apitado. Sidney bateu e novamente Marcos de Mendonça defendeu. R. Davies mandou cobrar de novo, agora alegando que jogadores do Fluminense haviam invadido a área. Foi aí que o escritor Coelho Neto e o Delegado de Policia Ataliba Correia Dutra pularam a grade e correram para o campo. Os torcedores também invadiram o gramado.

O regulamento do campeonato dizia que o jogo que fosse paralisada por cinco minutos seria suspenso definitivamente. Como a paralisação propositada foi além dos sete minutos, o jogo foi dado como anulado. Foi a primeira anulação de um jogo de campeonato carioca. No dia 8 de dezembro, no campo do Botafogo, foi realizada uma nova partida. O Flu ganhou por 3 a 1.

Em 1925, a Seleção Carioca precisou ser convocada às pressas para disputar o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais e pela dificuldade de se reunir os jogadores dos diversos clubes, optou-se por convocar apenas jogadores de Flamengo e do Fluminense, o que inicialmente causou repúdio popular, com os amantes do futebol referindo-se à aquele time não como Seleção Carioca mas como Combinado Fla-Flu.

Esta Seleção Carioca acabou campeã, o que mudou o sentimento popular em relação a ela. Mário Filho teve então, a capacidade de transformar um nome criado com uma imagem negativa, em nome próprio e marca registrada deste grande clássico conhecida mundialmente, no ano de 1933.

O nome próprio deste clássico, Fla-Flu, foi dado pelo jornalista Mário Filho em 1933, quando procurava recursos para motivar o comparecimento das torcidas ao campeonato da recém criada Liga de Futebol.

O Fla-Flu da Lagoa, como ficou conhecido a lendária decisão do Campeonato Carioca de 1941, na qual os jogadores do Fluminense ao final da partida eletrizante chutavam as bolas para a Lagoa Rodrigo de Freitas, que antes de ser aterrada, ficava ao lado do Estádio da Gávea, foi motivo de polêmica recente, pois renomados pesquisadores alegaram que não conseguiram achar referências a esses casos nos jornais da época, mas além das muitas testemunhas que garantiram que a pretensa lenda era verdadeira, os fatos constam publicados em O Globo Esportivo, edição 171 de 1941, página 5.

A revista PLACAR, a mais tradicional do futebol brasileiro, editada desde 1970 e líder deste segmento de revistas no Brasil, em sua edição de aniversário de 35 anos dedicou a revista inteira aos que ela considera os vinte e dois maiores clássicos do futebol brasileiro, tendo apresentado o Fla-Flu como o primeiro deles, com o título Sinônimo de Brasil.

A edição da revista programa para o clássico inglês entre Manchester City versus Manchester United, disputado em 8 de abril de 2013, e que abordava outros grandes clássicos do futebol mundial, dedicou grande espaço para o Fla-Flu em sua edição.

Em extensa reportagem sobre o futebol brasileiro publicada em 12 de abril de 2013, o prestigiado jornal norte-americano The New York Times começou a reportagem destacando o Fla-Flu.

O Diario Clarín, jornal impresso mais vendido na Argentina, publicou detalhada reportagem sobre a história do Fla-Flu em 11 de setembro de 2013, destacando também o jogador argentino Narciso Doval, ídolo das duas torcidas.

O clássico carrega essa fama desde os tempos românticos do futebol carioca e de um modo geral do futebol brasileiro, sendo posteriormente eternizado pelo grande escritor, dramaturgo e poeta brasileiro Nelson Rodrigues, que entre o muito que escreveu sobre o Fla-Flu, afirmou sobre a sua criação: O Fla-Flu surgiu quarenta minutos antes do nada.

Após assistir ao Fla-Flu da decisão do Campeonato Carioca de 1969, o escocês Hugh McIlvanney, correspondente do jornal The Observer, fez o seguinte comentário do jogo, publicado no Jornal do Brasil: Enorme, esmagador, capaz de transformar em carnaval um espetáculo de futebol, o Maracanã já é uma lenda. A realidade contudo, é muito maior. A memória que em mim, ficará para sempre do Fla-Flu e, mais, do próprio futebol brasileiro, será desta enorme, pungente, feliz experiência humana.

Uma das parcerias econômicas que mais renderam frutos para o desenvolvimento do futebol foi consumada em um Fla-Flu, em meados da década de 1970, quando João Havelange, então presidente da FIFA, levou o presidente de uma multinacional de refrigerantes ainda reticente para associar a imagem de sua empresa a esse esporte para ver o grande clássico. Ao entrar no estádio o presidente desta multinacional tremeu ao ver o colorido e ao ouvir o barulho das duas grandes torcidas, momento em que o torcedor do Fluminense, João Havelange, usou o argumento definitivo para a conclusão da parceria: -Presidente, isto é o futebol!

Uma peculiaridade aconteceu em 1983 quando o Fluminense venceu o Flamengo por 1 a 0 com gol do meia Assis no fim do jogo, ficando dependendo de um tropeço do Bangu - com quem o Fluminense no primeiro jogo do triangular empatou por 1 a 1. O Bangu enfrentaria o Fla no último jogo do campeonato. Mesmo já eliminado, o time da Gávea venceu o jogo por 2 a 0, dando o título ao Fluminense.

Fla-Flu já foi uma das pontes para a imortalização de jogadores como, do lado rubro-negro, Leônidas da Silva, Zico, Leandro e Júnior; já pelo lado tricolor, Rivellino, Telê Santana, Washington, e Castilho. Outros também brilharam por ambas as equipes, como Doval e Renato Gaúcho.

Ainda neste clássico encontraremos referências a grandes jogadores como Ézio, Assis, Romário, Sávio, Gérson, Romerito, Edinho, Nunes e Fred, entre muitos outros jogadores importantes.

Em 2009, foi realizado o primeiro confronto entre Flamengo e Fluminense válido por uma competição internacional oficial. Na Copa Sul-americana, os times se enfrentaram logo na primeira fase em jogos de ida e volta, com os dois jogos sendo realizados no Maracanã. O primeiro jogo, com mando do Fluminense, terminou 0 a 0, e o segundo confronto também acabou empatado, desta vez em 1 a 1, gols de Roni, para o Fluminense e Denis Marques, para o Flamengo. Pela regra do gol fora de casa o Fluminense se classificou para a próxima fase e terminou a competiação como vice-campeão, perdendo a final para a LDU, do Equador.

O Fluminense venceu o Flamengo por 1 a 0 com gol de Fred em 8 de julho de 2012 em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro, no primeiro Fla-Flu realizado após o primeiro centenário do grande clássico, centenário que foi motivo de grandes comemorações e muita divulgação pela imprensa durante a semana que antecedeu ao confronto.

O Filme Centenário do Fla-Flu: O Documentário, de Pedro Von Krüger e Renato Terra, pela Sentimental Filmes, foi eleito o melhor filme na categoria documentário pelo voto popular, no Festival do Rio 2013, sendo premiado com o Troféu Redentor.

Mesmo em tempos onde o futebol carioca passou por maus momentos, as torcidas continuaram a se envolver nesse clássico por seu charme e romantismo.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A Gávea

O Estádio da Gávea, também conhecido como Estádio José Bastos Padilha, é um estádio de futebol inaugurado em 4 de setembro de 1938, no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, Brasil, com uma capacidade máxima de 8 mil pessoas. Seu proprietário é o Clube de Regatas do Flamengo. O estádio recebeu o nome de José Bastos Padilha, presidente do Flamengo entre 1933 e 1937.
História

Em de 14 de novembro de 1931, pelo decreto municipal 3.686, o Flamengo ficou com o direito de cessão e aforamento do terreno da Lagoa. Ali o clube construiu seu primeiro estádio de futebol, com cercas de madeira.

No dia 28 de dezembro de 1933, o então presidente José Bastos Padilha pagou a taxa de 497 contos de réis e o Flamengo pôde começar as obras de construção do estádio da Gávea o Estádio José Bastos Padilha, com capacidade para 6 mil espectadores na época.
Estádio da Gávea atualmente

No lançamento da pedra fundamental do estádio, o Prefeito do Distrito Federal já era Pedro Ernesto, que foi homenageado na ocasião. Em 10 de janeiro de 1935, pressionado pela Prefeitura, o presidente José Bastos Padilha anunciou o término da construção do muro de alvenaria em volta do terreno, uma das exigências do contrato de cessão do imóvel. Foram colocados quatro portões de madeira e construída uma pista de atletismo em volta do campo. Algum tempo depois, o Flamengo conseguiu a instalação de água para irrigação do gramado e chuveiro nos vestiários, além de luz elétrica e um telefone particular.

Em 14 de março de 1936, o Conselho Deliberativo autorizou o início das obras de construção das arquibancadas do estádio. Foram arrecadados 500 contos de réis para que a Comissão de Obras formada por Mário Rebello de Oliveira, Manuel Joaquim de Almeida, Comandante Alberto Lucena, José Manoel Fernandes, Gustavo de Carvalho e Alejandro Baldassini contratasse os construtores. A primeira estaca, de um total de 160 a cargo da firma Pieux-Franki, foi batida com uma grande solenidade no dia 9 de agosto de 1936. Custo da obra: 360 contos de réis. O preço total do estádio tinha sido avaliado em 1 milhão e 100 mil contos de réis, a cargo da Construtora Pederneiras S. A.

Para não parar a obra, era preciso arranjar dinheiro e isso foi feito através do lançamento de títulos de sócio proprietário autorizado pelo Conselho Deliberativo em sessão de 9 de janeiro de 1937. Inicialmente, foram lançados 100 títulos a 4 contos de réis cada um. Sucesso total, comprovando mais uma vez a enorme popularidade do Flamengo junto ao povo. Todos foram vendidos em 30 dias e o Flamengo arrecadou 400 contos de réis. Mais 100 títulos foram lançados - já com aumento - a 5 contos de réis cada e também vendidos. Mais 500 contos de réis no caixa do Flamengo.

As obras estavam sendo tocadas a pleno vapor quando o presidente José Bastos Padilha renunciou ao cargo alegando cansaço após cinco anos lutando pela construção do estádio. Raul Dias Gonçalves assumiu e completou o mandato até 31 de dezembro de 1938.

No meio do mandato de Raul Gonçalves, o conselheiro Oscar Esposel propôs a inauguração do Estádio da Gávea em 15 de novembro de 1938, quando o Flamengo estivesse completando 43 anos de fundação. Mas a festa aconteceu antes. No dia 4 de setembro de 1938, o Estádio da Gávea, logo depois batizado “Estádio José Bastos Padilha”, foi inaugurado com um jogo entre Flamengo e Vasco. Vitória vascaína, por 2 a 0, mas a alegria era mesmo rubro-negra, por estar com a nova casa concluída.

O recorde de público deste estádio, foi no jogo Flamengo 2x2 Fluminense, em 23 de novembro de 1941, com 15.312 expectadores.
Primeiro Jogo

Jogo: Flamengo 0 x 2 Vasco da Gama
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 04/09/1938
Estádio: Gávea
Time: Valter, Domingos, Marin, Médio, Fausto, Natal, Sá, Valido, Leônidas, Valdemar e Jarbas.
Obs: Este jogo marcou a inauguração do Estádio da Gávea, Niginho do Vasco marcou o primeiro gol do estádio.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

18 anos de História

Fundado em 15 de novembro de 1895, o Clube de Regatas do Flamengo completa 118 anos nesta sexta-feira. O rubro-negro, como muitos dizem, já nasceu grande. O Flamengo foi fundado por um grupo de jovens que queria praticar o principal esporte do período, o remo. Desta forma, no famoso restaurante Lamas, no Largo do Machado, José Agostinho Pereira da Cunha convidou os demais amigos para a efetiva criação do grupo, sendo prontamente atendido por Mario Spíndola, Augusto da Silveira Lopes e Nestor de Barros.

Inicialmente, as cores do Flamengo eram azul e o ouro, em listras horizontais. Posteriormente, em 1896, as cores mudaram devido à dificuldade de achar os tecidos, que vinham da Inglaterra, além de a salinidade e o sol desbotarem as cores. Assim, o uniforme do clube passou a ser uma camiseta em listras horizontais em vermelho e preto, com o escudo no lado esquerdo, além de bermudas pretas e um cinto branco.

Atualmente, o Flamengo tem o futebol como o seu principal esporte e tem ido muito bem. O rubro-negro vive um momento mágico e comemora 118 anos às vésperas do primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil, competição que volta a decidir o título após sete anos. Para comemorar a data, a diretoria do clube definiu os eventos na sede do clube.