domingo, 1 de dezembro de 2013

Flamengo Campeão da Copa do Brasil de 2013

Diante do Atlético-PR, o Flamengo foi da profunda crise à redenção, em um ciclo que se fecha com capricho, com o título da Copa do Brasil. A vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR nesta quarta-feira, no Maracanã, é o último capítulo de uma história que não parecia nada boa para o time carioca em setembro, quando perdeu para este mesmo time, neste mesmo estádio, e ficou também sem o técnico Mano Menezes. Em uma virada completa, a torcida que lotou o estádio (57.991 pagantes e 68.857 presentes, com renda de R$ 9.733.785) comandou a festa para comemorar a terceira conquista do clube na competição (1990 e 2006), que vale vaga na Taça Libertadores do próximo ano, e a primeira do novo Maracanã.
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Com o 1 a 1 na última quarta-feira, em Curitiba, o Rubro-Negro carioca jogava por um empate por 0 a 0 ou por qualquer vitória. E a vitória chegou nos minutos finais, primeiro com Elias e depois com Hernane, artilheiro da Copa do Brasil com oito gols - e do novo Maracanã, com 17. Foi sofrido, brigado, o que só aumentou o sabor da comemoração da torcida. E os jogadores foram junto, correndo em direção às arquibancadas em total comunhão. De lá, vieram os gritos de "fica, Elias", pois o volante tem o contrato encerrado no fim do ano.

- Não tem palavras, não consigo nem falar direito. Nosso time sofreu muito neste ano e batalhou para caramba para conquistar um título para essa torcida. Foi um ano inteiro de críticas, mas a gente nunca se abateu. A gente se fechou de tal jeito que ia ser duro perder aqui hoje. Eu já falei que se depender de mim eu vou ficar, mas é muita coisa envolvida. Não é só o Sporting, tem empresários também. Nem queria falar sobre isso antes dos jogos, focar só em vencer, mas agora, praticamente de férias, vamos pensar nisso com Walim, meu pai e o Sporting - disse o volante.

domingo, 24 de novembro de 2013

Notícias:

Chicão não se recupera e desfalca Flamengo na final da Copa do Brasil
Zagueiro está vetado pelo departamento médico devido a uma lesão na coxa direita

O Flamengo terá um importante desfalque na final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, contra o Atlético-PR, no Maracanã. O zagueiro Chicão não conseguiu se recuperar da lesão muscular na coxa direita, sofrida justamente no jogo de ida da decisão, na semana passada, em Curitiba, e foi vetado pelos médicos. Sem poder contar com o experiente Chicão, que tem 32 anos e está acostumado às grandes decisões, o técnico Jayme de Almeida escalou o zagueiro Samir, de apenas 18 anos, para formar dupla com Wallace na final desta quarta-feira.

A boa notícia para o Flamengo é que o lateral-esquerdo André Santos, que era dúvida, conseguiu se recuperar da torção no tornozelo esquerdo e está confirmado como titular diante do Atlético-PR. Assim, a escalação flamenguista nesta quarta-feira terá Felipe; Leonardo Moura, Samir, Wallace e André Santos; Amaral, Luiz Antônio, Elias e Carlos Eduardo; Paulinho e Hernane. Como houve empate por 1 a 1 no jogo de ida em Curitiba, uma vitória simples nesta quarta-feira, no Maracanã lotado, dá o título da Copa do Brasil para o Flamengo.

domingo, 17 de novembro de 2013

Flamenguistas Famosos

Adriana Esteves (atriz)
Alexandre Pires (cantor)
Ancelmo Góis (jornalista)
André Gonçalves (ator)
André Marques (ator e apresentador)
Angélica (apresentadora)
Apolinho, Washington Rodrigues (radialista)
Ary Barroso (compositor, radialista)
Astrid Fontenelle (apresentadora)
Baby do Brasil (cantora)
Beth Faria (atriz)
Bezerra da Silva (cantor)
Bochecha (cantor)
Borjalo (executivo de tevê)
Bruno Gagliasso (ator)
Bussunda (comediante)
Canisso (músico)
Carlinhos de Jesus (coreógrafo e dançarino)
Carlinhos Niemeyer (cineasta)
Carlos Drummond de Andrade (poeta)
Carlos Eduardo Dollabella (ator)
Carlão (atleta, vôlei)
Carol Castro (atriz)
Carolina Dickman (atriz)
Ciro Monteiro (cantor)
Ciça Guimarães (atriz e apresentadora)
Claudinho (cantor)
Cláudia Abreu (atriz)
Cláudia Raia (atriz)
Cláudio Heinrich (ator)
Cláudio Manoel (comediante)
Davi Moraes (músico e cantor)
Dias Gomes (escritor)
Digão (músico)
Diogo Nogueira (cantor)
Djavan (cantor e compositor)
Eduardo Galvão (ator)
Eduardo Moscovis (ator)
Elza Soares (cantora)
Eric Faria (jornalista)
Evandro Carlos (jornalista)
Fafá de Belém (cantora)
Falcão d'O Rappa (cantor)
Fausto Silva (apresentador)
Felipe Camargo (ator)
Fernanda Keller (atleta)
Fernando Calazans (jornalista)
Fernando Scherer (atleta, natação)
Floriano Peixoto (ator)
Gabriel Pensador (cantor)
Galvão Bueno (locutor)
Garrincha (atleta, futebol)
Giovana Gold (atriz)
Giovane (atleta, vôlei)
Glenda Kozlowski (jornalista e apresentadora)
Grande Otelo (ator)
Gualter Salles (piloto)
Hebert Vianna (músico e cantor)
Heitor Martinez (ator)
Henfil (cartunista)
Humberto Martins (ator)
Ibrahin Sued (jornalista)
Ivete Sangalo (cantora)
Ivo Meireles (músico)
Jards Macalé (cantor e compositor)
Jorge Ben Jor (cantor e compositor)
Jorge de Sá (ator)
Jorge Pontual (ator)
José Lins do Rego (escritor e cronista)
José Maria Scassa (jornalista)
José Nêumanne Pinto (jornalista)
José Padilha (cineasta)
João Bosco (cantor e compositor)
João Nogueira (cantor)
Joãozinho 30 (carnavalesco)
Juscelino Kubtischek (presidente)
Lan (cartunista)
Leandra Leal (atriz)
Leila Pinheiro (cantora)
Leo Jaime (cantor)
Lisandra Souto (atriz)
Luiz Ayrão (cantor)
Léo Batista (locutor e apresentador)
Lúcia Veríssimo (atriz)
Lúcio Mauro Filho (ator)
Malu Mader (atriz)
Marcelo D2 (cantor)
Marcelo Faria (ator)
Marcelo Serrado (ator)
Marcius Melhem (comediante)
Maria Carolina
Maria Lenk (atleta, natação)
Maria Paula (atriz e comediante)
Mauro Mendonça (ator)
Mauro Mendonça Filho (diretor de tevê)
Milena Ciribelli (jornalista e apresentadora)
Milton Gonçalves (ator)
Moacyr Luz (compositor e violonista)
Moraes Moreira (cantor e compositor)
Moreira da Silva (cantor)
Mussum (comediante)
Márcio Garcia (ator e apresentador)
Mário Filho (escritor e jornalista)
Nalbert (atleta, vôlei)
Neguinho da Beija Flor (cantor)
Oscar Niemeyer (arquiteto)
Otelo Caçador (cartunista)
Paula Toller (cantora)
Paulo Francis (jornalista)
Paulo Serra
Pepeu Gomes (músico e cantor)
Popó Bueno (piloto)
Reginaldo Faria (ator)
Renata Cordeiro (jornalista)
Renato Maurício Prado (jornalista)
Ricardo Teixeira (presidente da CBF)
Roberto Assaf (jornalista)
Roberto Marinho (jornalista)
Roberto Pupo Moreno (piloto)
Rodolfo (cantor)
Romário (atleta, futebol)
Ronaldo Fenômeno (atleta, futebol)
Rosamaria Murtinho (atriz)
Ruy Castro (escritor)
Rômulo Arantes (ator e atleta, natação)
Sandra de Sá (cantora)
Sérgio Bessermann (economista, ex-presidente do ibge)
Tande (atleta, volêi)
Tereza Seiblitz (atriz)
Thiago Lacerda (ator)
Tom Jobim (compositor)
Toni Garrido (cantor)
Tony Tornado (ator e cantor)
Vera Fisher (atriz)
Wagner Love (atleta, futebol)
Walter Clark (executivo de tevê)
Wanderley Luxemburgo (técnico de futebol)
Xuxa (apresentadora)
Zico (atleta, futebol)
Ziraldo (cartunista)
Zizi Possi (cantora)
Zózimo Barroso do Amaral (jornalista)

domingo, 10 de novembro de 2013

No Maraca

Primeira Partida do Flamengo

Jogo: Flamengo 3 x 1 Bangu
Competição: Amistoso
Data: 23/07/1950
Estádio: Maracanã
Time: Claudio (Antoninho), Juvenal, Bigode, Biguá, Bria, Valter, Aloísio, Arlindo, Hélio, Lero e Esquerdinha.
Gols do Flamengo: Aloísio(2) e Lero.
Obs.: Primeiro jogo oficial do Flamengo no Maracanã.

Maior goleada do estádio:

Jogo: Flamengo 12 x 2 São Cristóvão
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 27/10/1956
Estádio: Maracanã
Time: Ari, Tomires, Pavão, Milton Copolilo, Luís Roberto, Jordan, Joel, Paulinho, Índio, Evaristo e Zagallo.
Gols do Flamengo: Índio(4), Evaristo(5), Luís Roberto, Paulinho e Joel.

sábado, 2 de novembro de 2013

Os 5 Maiores Artilheiros da História do Flamengo

1 –  Zico (509 gols em 732 jogos)

Com média de 0,69 gols por partida o craque marcou época com a camisa do clube, tendo participado do periodo de maiores glórias da equipe carioca, na década de 70 e 80, tendo sido campeão brasileiro, da libertadores e mundial.
O galinho é até hoje o maior artilheiro da historia do Maracanã com 333 gols marcados.
Títulos com o manto rubro negro:
Campeonato Carioca (1972, 1974, 1978, 1979, 1981 e 1986)
Taça Guanabara (1972, 1973, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1988 e 1989)
Taça Rio de Janeiro (1978, 1985 e 1986)
Campeonato Brasileiro (1980, 1982, 1983 e *Módulo Verde Copa União de 1987)
Taça Libertadores da América (1981)
Campeonato Mundial/Copa Intercontinental (1981)


2 –  Dida (264 gols em 357 jogos)

Com média de 0,74 gols por jogo, Dida foi o maior artilheiro do Flamengo que antecedeu a era “Zico” e que por curiosidade, declaradamente o grande ídolo do galinho, a quem justamente entregou a sua amada camisa 10.
Títulos com o manto rubro negro:
Campeonato Carioca (1953, 1954, 1955 e 1963)
Torneio Rio São Paulo (1961)


3 –  Henrique (216 gols em 412 jogos)

Com média de 0,52 gols por jogo, Henrique foi o grande ídolo da equipe entre 1954 e 1963 e sempre carregou o orgulho de ter sido revelado pelo pequeno Formiga Esporte Clube.
Títulos com o manto rubro negro:
Campeonato Carioca (1954, 1955 e 1963)
Torneio Rio São Paulo (1961)


4 –  Pirilo (204 gols em 236 jogos)

Com média de 0,86 gols por jogo, Pirilo teve a difícil missão de substituir Leônidas, não só tendo conseguido como também tendo marcado época e sendo ate hoje o maior artilheiro de uma edição do Campeonato Carioca com 39 gols, batendo justamente o record de Leonidas de 30 gols.
Títulos com o manto rubro negro:
Campeonato Carioca (1942, 1943, 1944 e 1946)


5 –  Romário (204 gols em 240 jogos)

Com média de 0,85 gols por jogo, o baixinho Romário é o grande artilheiro do Flamengo pós Zico, com a camisa do Flamengo em 1995 foi o único jogador a ser considerado o melhor do mundo, atuando fora do continente europeu.
Títulos com o manto rubro negro:
Campeonato Carioca (1996 e 1999)
Copa Mercosul (1999)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os Grandes Jogadores da História do Flamengo

Confira abaixo a lista:

Zico - O maior de todos. Considerado por grande parte dos rubro-negros o principal ídolo da história do clube, Arthur Antunes Coimbra vestiu a camisa do Flamengo pela primeira vez em 1967. Se profissionalizou quatro anos depois e só foi se tornar "o camisa 10 da Gávea" em 1978. Começava ali a ?Era Zico?, a mais vitoriosa da história do futebol rubro-negro. Com Zico em campo, o Flamengo conquistou 37 títulos, nacionais e internacionais, em 28 anos. Clique aqui para relembrar toda a carreira do Galinho.

Junior - O Vovô Garoto. Nenhum jogador vestiu tantas vezes o Manto Sagrado, nestes 115 anos, quanto Leovegildo Lins da Gama Junior. O Maestro, que começou a carreira como lateral na chamada Geração de Ouro e terminou como comandante de uma safra de jovens que viria a conquistar o Campeonato Brasileiro de 1992, quinto da história do clube e quarto de sua carreira, é referência no futebol rubro-negro. Seus números impressionam. Em 16 temporadas na Gávea, disputou 874 jogos, marcou 77 gols e conquistou 20 títulos importantes. Confira mais detalhes aqui.

Dida - O ídolo de Zico. Não é qualquer um que tem no currículo a alcunha de grande espelho do Galinho de Quintino. Pois bem, Dida, uma das grandes estrelas do segundo tri estadual do Flamengo (1953 a 1955), é quem tem essa honra. Edivaldo Alves de Santa Rosa, um dos maiores artilheiros da história do clube, com 264 gols e 357 jogos, saiu de Alagoas para marcar época no futebol carioca e nacional. Na seleção, era o camisa 10, titular absoluto até a Copa de 58 e só perdeu a vaga por conta de uma contusão. Para quem? O jovem Edson Arantes do Nascimento (Pelé). Saiba mais sobre Dida na Flapédia.

Leandro - O maior lateral direito do Brasil. Muitos que assistiam aos jogos dos anos 80 chegam a dizer que ele era até mais habilidoso do que Zico. Leandro "Peixe Frito" foi mais uma referência do time que é considerado o melhor da história do C.R. Flamengo. Os "causos" sobre sua habilidade são famosos no futebol. O goleiro Raul conta que, certa vez, irritado com Leandro, deu um bico na bola num tiro de meta para ele não matá-la. Leandro não só amorteceu a bola com o peito como saiu jogando, driblou dois adversários e ainda "tirou uma onda" com o arqueiro depois. Encerrou a carreira em 1988, contabilizando 417 jogos pelo Flamengo, 14 gols e 16 títulos, em dez anos. Confira mais números na enciclopédia virtual do Flamengo.

Petkovic - O ídolo da nova geração. Herói do tricampeonato carioca de 1999 a 2001 e peça fundamental na conquista do hexa brasileiro de 2009, Dejan Petkovic é o sérvio mais brasileiro do mundo. Chegou à Gávea em 2000 após grande sucesso no Vitória e não decepcionou. Rapidamente se identificou com a torcida e se tornou eterno na história após o gol de falta que deu o tri estadual, em 2001, sobre o rival Vasco, aos 43 minutos do segundo tempo. Saiu da Gávea em 2003, rodou por outros clubes, mas em 2009 decidiu voltar para casa e conquistou o título nacional que não vinha há 17 anos. Saiba tudo sobre essa história aqui.

Leônidas da Silva - O Diamante Negro. Poucos jogadores têm em suas carreiras um maior número de gols do que de partidas por um clube. Leônidas é um deles. Com a incrível marca de 153 gols em 149 jogos, ele foi um dos motivos para a rápida popularização do Flamengo. Chegou ao Rubro-Negro em 1936, foi artilheiro dos cariocas de 1938 e 1940, e principal jogador na campanha do título de 39 - que pôs fim a um jejum de nove anos sem título para o clube da Gávea. "Leônidas era um mágico do futebol", disse o jornalista Mário Filho. Saiba o porquê na Flapédia.

Zizinho - O Mestre Ziza. Se Dida foi o ídolo de Zico, Zizinho era a inspiração de Pelé. Aos 18 anos, ele entrou no lugar do craque Leônidas e rapidamente caiu nas graças da torcida rubro-negra. Portanto, não poderia ser um jogador comum. E não era mesmo. Segundo Nélson Rodrigues, bastava os alto-falantes do Maracanã anunciarem o nome de Zizinho para se saber quem seria o vencedor da partida. Foi o maior jogador do primeiro tricampeonato carioca do Flamengo, de 1942 a 1944. Por 11 anos vestindo o Manto Sagrado, Zizinho marcou 145 gols em 318 jogos. Saiba mais aqui.

Domingos da Guia - O Divino Mestre. Domingos da Guia, o "Divino Mestre", foi um zagueiro como pouquíssimos na história do esporte. Fazia o que queria com a bola, era um defensor inovador. Jogava sempre com a cabeça erguida e antevia os lances, fazendo com que a missão de driblá-lo fosse quase que impossível. Sempre saia jogando com classe e categoria, e não cometia muitas faltas. Foi no Fla que Domingos se consagrou definitivamente e foi fundamental para três importantes conquistas: os campeonatos cariocas de 39, 42 e 43. Confira a história deste craque aqui.

Raul - O goleiro campeão. Inovador nos uniformes e seguro embaixo das traves, Raul Plasmann foi um dos grandes arqueiros da história do Flamengo, e, sem dúvidas, o mais vencedor deles. Como goleiro do Flamengo, foi quatro vezes Campeão Carioca, em 1978, 1979(Especial), 1979 e 1981, três vezes Campeão Brasileiro, em 1980, 1982 e 1983, Campeão da Libertadores em 1981 e Campeão Mundial em 1981. Confira números e estatísticas na Flapédia.

Nunes - O Artilheiro das Decisões. Folclórico, cheio de personalidade e decisivo. Este é Nunes, o João Danado, que entrou para a história do Flamengo como o homem que botava a bola para dentro na hora que mais precisava. No total, Nunes atuou por oito anos na Gávea, participando de 214 jogos e marcando 99 gols. O artilheiro garantiu, pelo menos, quatro títulos ao Fla. O Campeonato Brasileiro de 1980, o Estadual de 1981, o Mundial Interclubes no mesmo ano, e o Campeonato Brasileiro novamente, em 1982. Saiba mais detalhes sobre Nunes clicando aqui.

Carlinhos - O Violino. No dia 20 de janeiro de 1954, Biguá, em sua despedida, entregava a Carlinhos o seu par de chuteiras, gesto que simbolizava a entrega do instrumento de trabalho. História repetida em 1970 quando Carlinhos entregou seu par de chuteiras a um jovem promissor das categorias de base chamado Arthur Antunes Coimbra, o Zico. A cena ficou marcada na história, mas Carlinhos foi muito mais do que isso. Sua forma de jogar com grande classe e o toque de bola refinado o valeram o apelido de "violino". No Fla, foram 11 anos, 517 jogos, 23 gols e quatro títulos. Depois, sagrou-se treinador e ficou famoso por sempre ter grandes passagens pelo Rubro-Negro. Ganhou ainda mais oito títulos como técnico. Confira detalhes na Flapédia.

Adílio - O Brown. Adílio era um jogador de rara habilidade e criatividade, dono de um passe perfeito e adepto a um estilo de jogo clássico. O jogador atuou no Flamengo entre 1975 e 1987, quando teve a oportunidade de vestir a camisa rubro-negra em 616 partidas, o que faz dele o terceiro jogador com maior número de jogos disputados pelo Flamengo. Clique aqui para mais informações.

Rondinelli - O Deus da Raça. Foi com ele que tudo começou. Foi com seu gol de cabeça contra o Vasco, na final do Estadual de 1978, que a Geração de Ouro nasceu. Rondinelli era um zagueiro vigoroso, que não dava moleza para os adversários e estava disposto a fazer o possível e o impossível para evitar gols dos rivais. Usava a cabeça para salvar bolas dos pés do atacante, jogava de maxilar quebrado e nem se importava. Por isso, tornou-se o Deus da Raça. Relembre a carreira do zagueiro na Flapédia.

Evaristo - O ídolo de Barça e Real. "Evaristo era o tipo do jogador que tinha vaga em qualquer time que escolhesse", dizia Zagallo. E, revelado pela Madureira, o jogador escolheu defender apenas o Flamengo no Brasil. Ficou cinco anos na Gávea, de 1952 a 1957, o que bastou para se tornar um dos grandes ídolos da história do Mais Querido do Brasil. Foram 191 jogos, 103 gols e cinco títulos. O bastante para torná-lo eterno na Gávea. Foi ainda para a Europa, onde fez história no Real Madrid e no Barcelona. Leia mais.

Julio Cesar - Referência para os mais jovens. Um exemplo de dedicação ao Flamengo. Revelado na base, Julio iniciou sua carreira em 1997, como reserva de Clêmer. Porém, aos poucos, foi ganhando a confiança dos rubro-negros e, em 2001, já era o titular absoluto da equipe. Ainda menino, brilhou no Estadual daquele ano, e então não parou mais. Só foi amadurecendo, crescendo e ganhando mais espaço. No Flamengo, no Brasil e no mundo. Disputou 285 jogos, ganhou quatro Estaduais, três Taças Guanabara, uma Taça Rio, uma Mercosul e uma Copa dos Campeões, e então foi para a Europa. Saiba mais sobre Julio na Flapédia. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Fla-Flu

O Fla-Flu bateu o recorde mundial de público de partidas entre clubes: 194.603 espectadores, na final do Campeonato Carioca de 1963, vencida pelo Flamengo com um empate sem gols.

É considerado por especialistas em futebol e por grande parte da mídia esportiva como um dos clássicos mais charmosos do mundo.

O primeiro Fla-Flu, em 7 de julho de 1912, já deu uma noção do que seria a história deste clássico, pois mesmo o Fluminense tendo perdido nove titulares que foram abrir o departamento de futebol de seu rival, ganhou por 3 a 2 (primeiro gol da história do Fla-Flu, de E. Calvert, do Fluminense, a um minuto de jogo), marcando desde o início este confronto, como clássico de grandes imprevisibilidades, de futebol alegre e ofensivo, festa de cores das grandes torcidas, praticamente um carnaval fora de época.

No dia 22 de outubro de 1916, o Flamengo vencia o Fluminense por 2 a 1 quando o árbitro R. Davies marcou um pênalti contra o Fluminense. Rienner perdeu. Logo depois, marcou outro pênalti contra o Fluminense, Sidney cobrou e Marcos de Mendonça defendeu. O árbitro mandou cobrar outra vez alegando que não havia apitado. Sidney bateu e novamente Marcos de Mendonça defendeu. R. Davies mandou cobrar de novo, agora alegando que jogadores do Fluminense haviam invadido a área. Foi aí que o escritor Coelho Neto e o Delegado de Policia Ataliba Correia Dutra pularam a grade e correram para o campo. Os torcedores também invadiram o gramado.

O regulamento do campeonato dizia que o jogo que fosse paralisada por cinco minutos seria suspenso definitivamente. Como a paralisação propositada foi além dos sete minutos, o jogo foi dado como anulado. Foi a primeira anulação de um jogo de campeonato carioca. No dia 8 de dezembro, no campo do Botafogo, foi realizada uma nova partida. O Flu ganhou por 3 a 1.

Em 1925, a Seleção Carioca precisou ser convocada às pressas para disputar o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais e pela dificuldade de se reunir os jogadores dos diversos clubes, optou-se por convocar apenas jogadores de Flamengo e do Fluminense, o que inicialmente causou repúdio popular, com os amantes do futebol referindo-se à aquele time não como Seleção Carioca mas como Combinado Fla-Flu.

Esta Seleção Carioca acabou campeã, o que mudou o sentimento popular em relação a ela. Mário Filho teve então, a capacidade de transformar um nome criado com uma imagem negativa, em nome próprio e marca registrada deste grande clássico conhecida mundialmente, no ano de 1933.

O nome próprio deste clássico, Fla-Flu, foi dado pelo jornalista Mário Filho em 1933, quando procurava recursos para motivar o comparecimento das torcidas ao campeonato da recém criada Liga de Futebol.

O Fla-Flu da Lagoa, como ficou conhecido a lendária decisão do Campeonato Carioca de 1941, na qual os jogadores do Fluminense ao final da partida eletrizante chutavam as bolas para a Lagoa Rodrigo de Freitas, que antes de ser aterrada, ficava ao lado do Estádio da Gávea, foi motivo de polêmica recente, pois renomados pesquisadores alegaram que não conseguiram achar referências a esses casos nos jornais da época, mas além das muitas testemunhas que garantiram que a pretensa lenda era verdadeira, os fatos constam publicados em O Globo Esportivo, edição 171 de 1941, página 5.

A revista PLACAR, a mais tradicional do futebol brasileiro, editada desde 1970 e líder deste segmento de revistas no Brasil, em sua edição de aniversário de 35 anos dedicou a revista inteira aos que ela considera os vinte e dois maiores clássicos do futebol brasileiro, tendo apresentado o Fla-Flu como o primeiro deles, com o título Sinônimo de Brasil.

A edição da revista programa para o clássico inglês entre Manchester City versus Manchester United, disputado em 8 de abril de 2013, e que abordava outros grandes clássicos do futebol mundial, dedicou grande espaço para o Fla-Flu em sua edição.

Em extensa reportagem sobre o futebol brasileiro publicada em 12 de abril de 2013, o prestigiado jornal norte-americano The New York Times começou a reportagem destacando o Fla-Flu.

O Diario Clarín, jornal impresso mais vendido na Argentina, publicou detalhada reportagem sobre a história do Fla-Flu em 11 de setembro de 2013, destacando também o jogador argentino Narciso Doval, ídolo das duas torcidas.

O clássico carrega essa fama desde os tempos românticos do futebol carioca e de um modo geral do futebol brasileiro, sendo posteriormente eternizado pelo grande escritor, dramaturgo e poeta brasileiro Nelson Rodrigues, que entre o muito que escreveu sobre o Fla-Flu, afirmou sobre a sua criação: O Fla-Flu surgiu quarenta minutos antes do nada.

Após assistir ao Fla-Flu da decisão do Campeonato Carioca de 1969, o escocês Hugh McIlvanney, correspondente do jornal The Observer, fez o seguinte comentário do jogo, publicado no Jornal do Brasil: Enorme, esmagador, capaz de transformar em carnaval um espetáculo de futebol, o Maracanã já é uma lenda. A realidade contudo, é muito maior. A memória que em mim, ficará para sempre do Fla-Flu e, mais, do próprio futebol brasileiro, será desta enorme, pungente, feliz experiência humana.

Uma das parcerias econômicas que mais renderam frutos para o desenvolvimento do futebol foi consumada em um Fla-Flu, em meados da década de 1970, quando João Havelange, então presidente da FIFA, levou o presidente de uma multinacional de refrigerantes ainda reticente para associar a imagem de sua empresa a esse esporte para ver o grande clássico. Ao entrar no estádio o presidente desta multinacional tremeu ao ver o colorido e ao ouvir o barulho das duas grandes torcidas, momento em que o torcedor do Fluminense, João Havelange, usou o argumento definitivo para a conclusão da parceria: -Presidente, isto é o futebol!

Uma peculiaridade aconteceu em 1983 quando o Fluminense venceu o Flamengo por 1 a 0 com gol do meia Assis no fim do jogo, ficando dependendo de um tropeço do Bangu - com quem o Fluminense no primeiro jogo do triangular empatou por 1 a 1. O Bangu enfrentaria o Fla no último jogo do campeonato. Mesmo já eliminado, o time da Gávea venceu o jogo por 2 a 0, dando o título ao Fluminense.

Fla-Flu já foi uma das pontes para a imortalização de jogadores como, do lado rubro-negro, Leônidas da Silva, Zico, Leandro e Júnior; já pelo lado tricolor, Rivellino, Telê Santana, Washington, e Castilho. Outros também brilharam por ambas as equipes, como Doval e Renato Gaúcho.

Ainda neste clássico encontraremos referências a grandes jogadores como Ézio, Assis, Romário, Sávio, Gérson, Romerito, Edinho, Nunes e Fred, entre muitos outros jogadores importantes.

Em 2009, foi realizado o primeiro confronto entre Flamengo e Fluminense válido por uma competição internacional oficial. Na Copa Sul-americana, os times se enfrentaram logo na primeira fase em jogos de ida e volta, com os dois jogos sendo realizados no Maracanã. O primeiro jogo, com mando do Fluminense, terminou 0 a 0, e o segundo confronto também acabou empatado, desta vez em 1 a 1, gols de Roni, para o Fluminense e Denis Marques, para o Flamengo. Pela regra do gol fora de casa o Fluminense se classificou para a próxima fase e terminou a competiação como vice-campeão, perdendo a final para a LDU, do Equador.

O Fluminense venceu o Flamengo por 1 a 0 com gol de Fred em 8 de julho de 2012 em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro, no primeiro Fla-Flu realizado após o primeiro centenário do grande clássico, centenário que foi motivo de grandes comemorações e muita divulgação pela imprensa durante a semana que antecedeu ao confronto.

O Filme Centenário do Fla-Flu: O Documentário, de Pedro Von Krüger e Renato Terra, pela Sentimental Filmes, foi eleito o melhor filme na categoria documentário pelo voto popular, no Festival do Rio 2013, sendo premiado com o Troféu Redentor.

Mesmo em tempos onde o futebol carioca passou por maus momentos, as torcidas continuaram a se envolver nesse clássico por seu charme e romantismo.